Descrição

A Oceano Fresco é uma empresa de aquacultura de bivalves que tem como objetivo alimentar o mundo de forma sustentável.

Esta é a 21ª campanha do promotor com a Goparity.

A presente campanha pretende financiar a expansão da empresa para produzir uma nova espécie (Ostrea edulis) que será cultivada nas instalações da Oceano Frescos e o desenvolvimento de sistemas de cultivo inovadores. É a primeira vez que a Oceano Fresco diversifica para uma nova espécie, neste caso, a espécie original de ostra europeia nativa. 

Depois de um teste de criação e comercialização bem-sucedido, o promotor irá agora investir numa primeira colheita em grande escala da ostra europeia nativa:

• Estabelecer parcerias estratégicas com vários viveiros externos em Portugal e no estrangeiro para adquirir sementes nascidas em viveiros e testar e monitorizar o seu desempenho nas suas diferentes fases e sistemas de produção, a fim de garantir uma boa adequação genética aos nossos ambientes de viveiro e exploração.
• Aquisição e instalação de novos equipamentos de aquicultura (unidades de retenção e sacos de rede), para permitir um aumento significativo da biomassa de produção e também para testar sistemas de aquicultura alternativos, a fim de confirmar as melhores vantagens em termos de custo/benefício.
• Investigação e desenvolvimento para criar uma inovação em unidades de aquicultura de ostras que melhor se adapte ao ambiente de aquicultura em mar aberto, incluindo um teste piloto faseado com uma abordagem de várias iterações para o codesenvolvimento. Esta tecnologia tornar-se-á propriedade intelectual da Oceano Fresco.
• Estudo comercial para identificar os melhores mercados e clientes potenciais na Europa para a venda da nossa produção em grande escala de ostras planas (Ostrea edulis), com planos de crescimento ano a ano.
• Estudo de viabilidade para futuros investimentos em CAPEX na ostreicultura, para permitir planos de expansão futura e também melhorias na produtividade ano a ano.
• Testes de produtos para confirmar todos os requisitos de controlo de qualidade, incluindo informações nutricionais e certificações de produtos.

Ostrea edulis é a ostra europeia original. Infelizmente, a sua população diminuiu significativamente devido à sobrepesca, doenças e perda de habitat. De acordo com a FAO, uma mortalidade massiva atingiu as populações de ostras planas europeias em 1920. Em seguida, duas doenças (Marteilia refringens e Bonamia ostrea) espalharam-se no início dos anos 70 e 80, reduzindo drasticamente a produção de Ostrea edulis em quase todas as áreas tradicionais de criação europeias.

Hoje, a produção da ostra plana europeia é escassa, uma vez que a maioria dos produtores de ostras na Europa se concentra na espécie invasora, a ostra do Pacífico (Crassostrea gigas). França é a maior produtora de ostras planas da Europa, com aproximadamente 2.000 toneladas por ano de tamanho adulto, concentradas principalmente na Bretanha, nas baías de Cancale e Quiberon, de acordo com o IFREMER. As ostras planas cultivadas na Bretanha são chamadas de “Belon” devido à proximidade do rio Belon e gozam de uma reputação de excelência.

As ostras planas da Oceano Fresco têm um sabor único e intenso. Este sabor é frequentemente descrito como forte, salgado e rico em minerais, com um travo ligeiramente metálico ou terroso. A sua textura é ligeiramente mais firme do que a de outras ostras. As ostras planas (Ostrea edulis) são visivelmente diferentes das ostras do Pacífico (Crassostrea gigas). As conchas são normalmente mais pequenas, mais redondas e mais planas, em contraste com a ostra do Pacífico, que é mais alongada e de forma irregular. A ostra plana é uma espécie do Atlântico, pelo que se adapta naturalmente ao nosso ambiente de cultura em mar aberto.

A empresa angariou 4,15 milhões de euros através da comunidade de investidores da Goparity desde a sua primeira campanha, em janeiro de 2020:

• O montante angariado nas campanhas Oceano Fresco I, II, III, IV, V e VI (730.000€) foi utilizado para cofinanciar a instalação da primeira exploração de amêijoas em mar aberto do mundo, em Lagos, Algarve. As amêijoas são suspensas no mar aberto, onde podem crescer de forma sustentável no seu ambiente natural.
• O montante angariado nas campanhas Oceano Fresco Inovação I, II e III (500.000€) foi utilizado para cofinanciar dois projetos de investigação e desenvolvimento (I&D) focados no cultivo de amêijoas e um projeto na área da inovação alimentar. Os projetos de I&D nas áreas de genética e patologia são altamente inovadores a nível mundial, tendo dado origem a dois incentivos no valor total de 2,0 milhões de euros. O projeto de inovação alimentar visa desenvolver novos produtos e embalagens para criar valor e promover o consumo sustentável de amêijoas.
• O montante angariado nas campanhas Oceano Fresco Crescimento I, II, III e IV (1.000.000€) foi utilizado para cultivo, operações, vendas, marketing e I&D. A série Growth teve como objetivo financiar projetos que impulsionam o crescimento da produção da empresa, de forma a entrar no mercado com uma maior escala de vendas.
• O montante angariado nas campanhas Oceano Fresco Viveiro I, II e III (750.000€) foi utilizado para continuar a financiar projetos que reforçam e expandem a produção da empresa.
• O montante angariado nas campanhas Maternidade de Bivalves I e II e III (1.180.000€) foi utilizado para aumentar a produção e consistência de sementes ao longo do ano, incluindo o cultivo de microalgas, a única fonte alimentar dos bivalves.
• Os 300.000€ angariados na campanha Berçário Oceano Fresco foram utilizados para instalar e testar uma nova fase de produção intermédia e um novo local, com vista a criar escala para a sua produção de sementes.

O impacto

Promoção de sistemas de produção alimentar sustentáveis e resilientes: Este empréstimo permitirá à Oceano Fresco entrar no mercado de produção de ostras, reconhecido como uma fonte de alimento e proteína altamente sustentável. A criação de ostras está entre os sistemas de proteína animal mais sustentáveis, não requerendo alimentação nem água doce, gerando emissões mínimas e proporcionando serviços valiosos para o ecossistema. 

Promoção da inovação e do empreendedorismo: O empréstimo permitirá à Oceano Fresco continuar a investir na investigação e desenvolvimento desta nova linha de produtos. Apoiará também a aquisição da infraestrutura e do equipamento de cultivo necessários, reforçando a capacidade da empresa para inovar e crescer de forma sustentável. 

Promoção de atividades económicas marinhas sustentáveis e restauração dos ecossistemas marinhos: O projeto estabelecerá um sistema de cultivo não extrativo baseado na criação de espécies nativas, contribuindo para a restauração da biodiversidade. A criação de ostras não requer alimentação, uma vez que estes moluscos filtram naturalmente grandes volumes de água, removendo nutrientes em excesso, melhorando a claridade da água e reduzindo florescimentos algais nocivos. Além disso, as ostras captam carbono, contribuindo para a mitigação das alterações climáticas. Esta abordagem contribui diretamente para a mitigação das alterações climáticas e para a regeneração dos ecossistemas marinhos, alinhando-se com os objetivos mais amplos da economia azul e da sustentabilidade. 

Indicadores de Impacto

4

empregos criados

Contribuição para os Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Viabilidade Financeira

Descarregue aqui as Demonstrações Financeiras do promotor

Download Informações Fundamentais destinadas aos Investidores de Financiamento Colaborativo

O promotor

Sobre Oceano Fresco S.A.

A Oceano Fresco foi fundada em 2015 pelo Bernardo Ferreira de Carvalho.

A Oceano Fresco dedica-se à aquacultura sustentável de bivalves de alta qualidade (amêijoas europeias), aplicando métodos científicos e uma abordagem inovadora na produção e um melhoramento sistemático da aquacultura de amêijoas. Fundada em 2015 por Bernardo Ferreira de Carvalho a empresa segue o lema "podemos regenerar a natureza se cultivarmos e comermos melhor", o seu Conselho de Administradores conta com cinco pessoas, com experiência em investigação cientifica, finanças e gestão de negócios, incluindo a criação e crescimento de startups. Tem uma equipa operacional de 43 pessoas, responsável pela investigação e desenvolvimento, produção e suprimento e assuntos administrativos e financeiros. Finalmente, tem ainda um Conselho Consultivo com vários especialistas em crescimento de bivalves e peixe.

A empresa construiu um Centro Bio Marinho de última geração, incluindo maternidade, laboratórios, e escritórios no centro de Portugal, bem como uma viveiro de mar-aberto de 100 hectares ao largo da costa da região do Algarve. Com estes ativos raros e complementares, a empresa aplicará métodos avançados de seleção e reprodução a espécies nativas europeias de amêijoas de alto valor nutritivo e de mercado, que estão atualmente a ser substituídas no mercado pelos seus homólogos asiáticos de baixo valor (baixo valor organoléptico).

A empresa orgulha-se dos seguintes marcos:

• (2015-16) Realizou um estudo no terreno em países-chave para a aquacultura, que confirmou o potencial do mercado;
• (2015 em diante) Contratou uma equipa altamente qualificada e experiente cobrindo produção e gestão;
• (2015 em diante) Recebeu 3.5 milhões de euros em subvenções portuguesas e europeias;
• (2016-17) Concluiu projetos de “prova de conceito”, que confirmaram a viabilidade do modelo de negócio;
• (2018) Assinou um contrato de concessão de 25 anos para a localização do Centro BioMarinho na Nazaré
• (2018) Obteve todas as licenças necessárias por parte das autoridades para operar a maternidade;
• (2018) Obteve licença para explorar uma concessão de 103 hectares, para cultivo de ameijoas em mar aberto durante os próximos 30+20 anos;
• (2018) Desenvolveu um plano de melhoramento para R. decussatus;
• (2018) Estabeleceu um Conselho de Administração com 5 membros, combinando o melhoramento de plantas e peixes com experiência de negócio;
• (2018-2020) Obteve 7,5 milhões de euros em diversas rondas de investimento entre 2018 e 2020, por parte de investidores institucionais e individuais;
• (2020) Instalou a infraestrutura física da exploração do viveiro no mar;
• (2020) Construiu o centro BioMarinho de última geração, incluindo uma maternidade, laboratórios e escritórios
• (2020) Compra de um barco com 12 metros, que foi reequipado e melhorado no estaleiro Penimar
• (2021) 2,5 milhões de sementes de ameijoa prontas a serem cultivadas;
• (2021) Início do processo de engorda das sementes, em alto mar, no Algarve.
• (2022) Lançamento do novo barco Oceano Fresco I e construção do centro de embalagem e expedição. 
• (2023) Reforço do investimento em I&D e inovação, incluindo projetos-chave: Atlanticlam e Pacto pela Bioeconomia Azul 
• (2024) Reconhecimento como «Campeão Azul da UE» pelo Banco Europeu de Investimento e pela Comissão Europeia no contexto das missões da UE para restaurar os nossos oceanos e águas e conclusão da série de investimentos pela Indico Capital Partners, BPF, BlueCrow e AquaSpark.
• (2025) Primeira colheita e venda de ostras planas adultas

A equipa

Bernardo Carvalho

CEO & Director Executivo

Empresário e consultor independente para empresas líderes em agro-genética, farmacêutica, e bancária.

Frederico Reis

CCO & Director Executivo

Executivo sénior de Marketing & Vendas com >15 anos em FMCG, Consumer Healthcare, Electronics e Food Retail em toda a Europa.

Nuno Arantes Oliveir

Co-Fundador e Presidente do Conselho Consultivo

Executivo e empresário de Life Science. Doutorado em Genética. MIT Portugal, NOVA-SBE. Fundo 200M. Investigador na Univ. da Califórnia.

Olivier Cottet

Membro do Conselho Consultivo

Especialista em biologia vegetal. Mais de 20 anos de experiência na gestão de programas de desenvolvimento vegetal na Syngenta

Stan Allen

Membro do Conselho Consultivo

Especialista em marisco. Director do Aquaculture Genetics and Breeding Technology Center no Virginia Institute of Marine Science (EUA)

Rui Rodrigues

Diretor não-executivo, Indico Capital Partners

Scott Mactier

Chief Technical Officer

Modelo de negócio

Atualizações